Provavelmente você já deve ter visto algum filme passado em Londres onde há aquela névoa (fog) que encobre a cidade. O fog nos lembra, também, as histórias do Jack Estripador (Jack the Ripper), que nas ruas das madrugadas de Londres, matava e esquartejava prostitutas. Mas o fog, ou mais propriadamente dito, o smog (smoke + fog), fumaça com névoa, ocasionou mais vítimas que o Jack the Ripper.
Em 1952, mais de 4.000 pessoas morreram em Londres devido ao The Great Smog ou The Big Smoke, que foi causado por uma soma de fatores. Com a chegada do inverno, os londrinos aumentaram o consumo de carvão que era utilizado para aquecimento doméstico, com o detalhe, eram carvões de baixa qualidade, ricos em enxofre - os de boa qualidade tinham sido exportados. Some-se a isto, a presença da fumaça dos carros e fábricas e uma inversão térmica. Tudo isto resultou num manto negro-amarelado que cobriu toda a cidade. Os automóveis pararam, cinemas e teatros fecharam as portas, pois era impossível ver o palco, as pessoas conseguiam ver apenas alguns metros adiante. A poluição penetrou até nas residências. As pessoas afetadas tinham que achar seu caminho até os hospitais, pois não havia serviço de ambulâncias. A princípio a população pensou que se tratava de mais um fog, mas quando aumentou o número de pacientes nos hospitais e as funerárias não estavam dando conta da demanda de caixões e as vendas de flores aumentaram, realmente percebeu-se a gravidade da situação.
Tudo isto resultou na criação de atos legais que restringiram a poluição no Reino Unido - Clean Air Acts 1956 e 1968.
Tudo isto resultou na criação de atos legais que restringiram a poluição no Reino Unido - Clean Air Acts 1956 e 1968.
No site BBC news você encontra relatos, em inglês, de pessoas que viveram esta experiência. Veja algumas fotos do blog Another Nickel in the Machine.
The Great Smog
The Big Smoke