domingo, 29 de agosto de 2010

Barcelona: Park Güell

O Park Güell, na minha opinião, é um dos melhores lugares para se visitar em Barcelona, muita área verde, vista esplendorosa da cidade, música e arquitetura belíssima e, ainda, é de graça.

Com a colaboração de Rubió, Berenguer e Jujol, Gaudí  trabalhou neste parque entre 1900 e 1914, e chegou até a mudar-se para lá em 1906. O Park Güell foi inaugurado como parque público em 1922 e em 1984 tornou-se Patrimônio da Humanidade - o que não é muita novidade em se tratando das obras de Gaudí.

Eusebi Güell, um rico empresário catalão, quis construir um condomínio inspirado no modelo de cidade-jardim. Ele seguia o conceito inglês "garden city movement", que é uma abordagem de planejamento urbano de cidades auto-suficientes, cercadas por cinturões verdes e com um balanço entre as áreas residencial, industrial e agrícola. O empreendimento deu errado, o parque ficou, e nós ganhamos mais uma obra-prima de Gaudí.

para chegar, uma íngreme caminhada de 15'
após descer na estação de metrô Lesseps,
 sorte que tem escada rolante nas ruas

mesmo que você não chegue pela entrada principal,
você terá boas surpresas - este é o Calvário

na parte mais alta do parque, do Calvário - onde há três
 cruzes, em alusão ao Monte Calvário -, uma vista
esplendorosa de Barcelona e do Mediterrâneo

grande praça, e pensar que ele foi construido
 num terreno da Muntanya Pelada, isto é,
sem vegetação alguma

grande praça, parece decepcionante? esta área de 3000 m² 
permite que a água da chuva seja drenada e depois
canalizada pelas colunas de sustentação, embaixo da praça,
para um depósito subterrâneo, que servirá para
 a irrigação do parque

banco que serpentea a praça por 110m

ao fundo, a entrada do parque

Jujol, colaborador de Gaudí, realizou este trabalho
 de colagem cerâmica no banco

trencadís - uma espécie de mosaico com fragmentos
 cerâmicos - pedaços de lajotas, garrafas e louças -,
 unidos com argamassa. São normalmente lisos e polidos,
em superfícies tridimencionais, para proporcionar
o maior efeito na incidência da luz

sob a grande praça, colunas dóricas a sustentam

estas colunas ficam na Sala Hipóstila, que,
no projeto inicial, iria ser um mercado,
devido a sua acústica, agora, abriga músicos

no teto, paflons (rosetas)

trabalho de Jujol

não era o Bob Dylan, mas era excelente

pórtico com colunas inclinadas - Pórtico de la Lavandera

escadaria, onde se encontra o sáurio (salamandra, ou será um dragão)

todos querem tirar fotos com ele
Japoneses felizes!

ele é o símbolo do parque e de Barcelona

Gaudí morou aqui de 1906 à 1925
Casa desenhada por Berenguer, agora é
o Museu Gaudí

pavilhão de entrada

acabamento em forma de cogumelo - Amanita muscaria

pavilhão menor - setor administrativo

torre gaudiana - coroada com a cruz de quatro braços

Barcelona: Casa Milà (La Pedrera)

Pere Milà era um importante empresário em Barcelona que casou-se com a viúva Roser Segimon, herdeira de uma imensa fortuna deixada pelo marido. Este casal queria construir um edifício na Passeig de Gràcia (passeig em catalão quer dizer avenida), portanto eles contrataram o arquiteto mais famoso do momento: Antoni Gaudí. O resultado desta empreitada foi a Casa Milà, também conhecida como La Pedrera.

 Novamente mais uma obra de Gaudí incompreendida na época - ela foi construida entre 1906 e 1910 -, e foi também satirizada e recebeu muitas críticas pois não respeitava o estilo da época. La Pedrera (a pedreira) é como ela foi chamada para criticar a sua hetedoroxia.

A Casa Milà esteve bastante degradada até 1986 quando a Fundação Caixa Catalunya (banco) a comprou e começou um processo de restauração. Ela é agora parte do Patrimônio Mundial da UNESCO.

Casa Milà - possui três fachadas integradas e
 formas arredondadas para dar idéia de movimento

veja as pessoas no terraço


nas sacadas, trabalhos de ferro retorcido que lembram trepadeiras


trabalho decorativo de Iu Pascual - colaborador de Gaudí


o edifício se articula em torno de um amplo pátio
 para permitir a entrada de luz nos apartamentos


apartamento






novamente o ponto máximo da visita é o terraço


vista panorâmica do terraço


a visita não é guiada, portanto fique quanto tempo quiser no terraço


algumas das esculturas escondem caixas d'águas




sábado, 28 de agosto de 2010

Barcelona: Casa Blatlló

A Casa Batlló foi o resultado da reforma de uma casa de 1877, na Passeig de Gràcia, para o industrial Josep Batlló Casanovas. Este trabalho foi desenvolvido entre 1904 e 1907 e teve a colaboração de Josep Maria Jujol. Numa linguagem modernista, ela foi muito criticada, na época, pelos barceloneses que a apelidaram de "casa dos ossos" e "casa dos bocejos".

A preocupação de Gaudí não era apenas estética, mas também, funcional. Linhas curvas dominam a fachada, adornada com elementos de formas orgânicas - que remetem a ossos, vegetais, sáurios -, ou artificiais, como máscaras com uma textura de brocados e pedrarias. No terraço, construções que evocam a escama de um dragão e cogumelos. O pátio de luzes com uma gradação cromática, de azul e branco, permite um melhor aproveitamento da luz. No interior se impõem formas arredondadas, em sintonia com o modernismo.

Casa Battló? Não, esta é a casa ao lado, a joalheria Bagués

no inverno chuvoso, esta era a filinha, imagine no verão

Casa Battló


andar nobre

pequeno detalhe

casa dos ossos?

pessoal telefonando? Não, não esqueça de
pegar o seu audioguia

no audioguia você vai entender porque à esquerda
tem espaço para uma pessoa e na
direita para duas - o casal namorando e a vela


pátio de luzes

parte funcional - gradação de cores
 para uma melhor luminosidade

não é televisão...

... é real

café para abastecer as energias ...

 ... somente em extrema necessidade, é muito caro

Agora a parte mais emocionante da Casa Battló, o terraço. Mundo futurista, arquitetura antropomórfica, paisagem lunar - chame do que você quiser, caminhe entre obras e viaje.